SEGUE O TABU

Depois de abrir dois gols de vantagem faltando 10 minutos para o término do jogo o Atlântida cede o empate e completa dois anos sem vencer o E.C. Paraíso.

Tudo se encaminhava para uma jornada desastrosa para o Atlântida, visto que se contava nos dedos os atletas aptos para a partida. Além dos desfalques alguns atletas foram para o jogo “descontados”, a ala dos para-atletas do Atlântida cresce vertiginosamente. Porém, todos sabiam que o maior perigo estava por vir: a qualificada e organizada equipe do E.C. Paraíso, que nas últimas três partidas contra o Atlântida venceu duas (dentro do Parque Atlântida) e empatou uma (dentro de seus domínios).

Poucos instantes antes do quarto jogo da série um fio de esperança aparece para os guerreiros do Atlântida: os donos da casa também têm suas baixas, dois dos seus principais jogadores estão fora de combate.

O juiz apita e o improvável acontece, o Atlântida sai trocando passes até a conclusão de Lucianinho, o goleiro faz defesa parcial e André aproveita a sobra para abrir o placar, 0x1. Com menos de 1 minuto de jogo os visitantes marcam sem os donos da casa tocar na bola, nem Seu Jardo poderia prever uma situação desse tipo. Depois do gol a equipe do Paraíso se organiza e sai para o ataque, mas para no destaque da primeira etapa: Zé faz duas grandes defesas e evita o empate. Enquanto isso o Atlântida assusta nos contragolpes: Lucianinho, André e Alencar desperdiçam chances claras. O castigo vem de forma mais anormal do que o gol relâmpago do primeiro lance do jogo. Depois de um cruzamento despretensioso da direita Xandeco tenta afastar, mas erra completamente dando uma rosca encobrindo Zé, golaço contra e igualdade no placar para fechar a primeira etapa.

O segundo tempo começa equilibrado com uma pequena vantagem para o Atlântida, assim como no primeiro tempo, o setor defensivo consegue abafar a maioria das investidas dos donos da casa, o meio e o ataque conseguem criar oportunidades de arremate. Em uma boa saída para o ataque o Atlântida consegue passar a frente do placar: Carlos lança Lucianinho, este invade a área e rola para André empurrar a bola para o gol vazio, 1x2. Vantagem mínima contra uma equipe como o Paraíso é garantia de nada com coisa nenhuma, todo cuidado é pouco e os visitantes sabem disso. O Atlântida continua focado e não deixa os donos da casa se aproximarem da área, o jeito então era chutar de fora, mas até então Zé estava no jogo e em chute no ângulo ele, como um gato, empurra para escanteio evitando o empate. O jogo segue e a cota de lances atípicos ainda não terminara, depois de um gol contra do Xandeco o que poderia ser mais atípico? Todos sabem a resposta que é: gol do Mano Pig e ainda por cima um golaço. Xandeco cobra escanteio da direita, a zaga do Paraíso não afasta e nosso artilheiro suíno pega de primeira sem dar chances para o goleiro, 1x3. Dois gols na frente faltando 10 minutos para terminar a partida, jogo definido? Nananinanão. Até esse momento nosso goleiro Zé vinha fazendo uma partida irretocável, certamente receberia muitos votos para melhor em campo, receberia, porque a Galeteria do Zé resolveu firmar parceria com o Atlântida Delivery.

Na jogada seguinte ao golaço do Mano Pig, o Paraíso vai ao ataque e consegue um arremate, mas o chute sai mais fraco que coice de grilo, rasteiro e em cima do Zé, este bate roupa e se atrapalha todo perdendo o controle da bola, o atacante chega, dá duas voltas em torno da bola, toma um café, tira uma selfie com a #GOLNOATLANTIDA e chuta para o fundo da rede enquanto o Zé tenta se recuperar no lance, 2x3. E não é que preteia o olho da gateada. O gol foi o ânimo que o Paraíso precisava, o empate era inevitável. E veio em mais um lance evitável, em uma piumbada pra dentro da área a zaga não afasta e Zé fica enraizado no gol sem ter o que fazer em uma finalização na risca da pequena área, 3x3. André ainda perderia uma ótima oportunidade cara-a-cara com o goleiro antes de o juiz apitar fim de jogo e decretar a manutenção do tabu, agora já são quatro jogos sem vitória contra o E.C. Paraíso.

Infelizmente a ótima partida coletiva do Atlântida não conseguiu garantir o resultado positivo. Definitivamente faltou o brilho das individualidades para coroar a jornada com uma bela vitória fora de casa.

Cotação:

Zé: Do céu ao inferno, vida de goleiro é assim mesmo, seus milagres foram ofuscados pela abertura da sua galeteria no fim do jogo e agora com a novidade do Atlântida Delivery.

Xandeco: Xandy diria que levou azar, o Zé escreveria um parágrafo de corneta e eu digo que alguns desfrutam de maior tolerância em relação às falhas do que outros. O gol contra prejudicou seu desempenho, ficou abaixo do seu enorme potencial mesmo fazendo uma bela cobrança de escanteio no terceiro gol.

Alemão: Inseguro no primeiro tempo, espetacular no segundo, não perdeu dividida e foi eleito merecidamente o Craque do Jogo.

Gigio: Quando não joga ao lado do seu irmão, fica nervoso, mas não comprometeu, fez alguns desarmes importantes, foi um bom coadjuvante na zaga.

Mano: Quem diria que um dia eu iria escrever isso? Mano Pig não apenas fez um golaço como jogou bem. Por favor, multiplique essas boas atuações.

Alencar: Quando escalado de volante precisa jogar nessa posição ou então que seja escalado na meia. Sempre intenso e com grande movimentação foi importante para a equipe, mas quando está escalado nas duas primeiras funções da meia cancha precisa dar mais atenção às tarefas defensivas.

Carlos: Jogou muito bem, com seu passe qualificado deu boa sequências às jogadas, marcou, correu e foi muito participativo, mereceu ser lembrado para Craque do Jogo.

Lucianinho: Sempre participativo o guerreiro não conseguiu marcar o seu, mesmo não fazendo uma partida de luxo teve grande participação nas jogadas dos dois primeiros gols.

Bebinha: Nosso para-atleta teve boa movimentação, aos poucos vem recuperando sua velocidade. Teve boas chances, mas não foi feliz no arremate.

André: Poderia ter sido o “cara” da partida, mesmo fazendo dois gols não estava em uma tarde iluminada, se estivesse, a vitória era certa. Perdeu duas ótimas chances, porém, pelos gols mereceu ser lembrado pra melhor em campo.

Kaleco: Com resquício de uma lesão muscular o besuntado K5 entrou no decorrer da partida, mesmo descontado conseguiu contribuir com o time na marcação e na saída de bola.

Cabelo: Entrou na lateral e foi bem, contribuiu nas tarefas defensivas não deixando os atacantes adversários se criarem pelo seu lado.

Roliço: O mais novo para-atleta do Atlântida foi muito bem, não errou um lance sequer, pois ficou os 90 minutos fardado no banco (o lugar de onde ele jamais deve sair).

Treinador Márcio Bola: Sem material humano fez o que pôde, como a equipe foi muito bem coletivamente pode ser elogiado por suas improvisações que não comprometeram o equilíbrio tático do time.

Eleição Craque do Jogo:

Alemão 5 votos

André 4 votos

Alencar 2 votos

Gigio 2 votos

Mano 1 voto

Lucianinho 1 voto

Carlos 1 voto

Presentes com o Atlântida no Jardim do Éden: Seu Jardo, Seu Demar, Paulo (mais um para-atleta) e a galerinha do Xandeco. Boa semana a todos.

           

Forte abraço!

Por Braddock