Depois de fazer 2 a 0 no primeiro tempo o Atlântida cede a virada na segunda etapa, mas consegue buscar o empate nos minutos finais, evitando um fim de tarde sofrido para a torcida tetracolor.
Mais
uma temporada de futebol se iniciou neste sábado (27/02/2016) para o Atlântida.
Com novo presidente (André), novas contratações e com a consolidação da
qualidade do gramado do Parque Atlântida a equipe comandada pelo Técnico Márcio
Bola recebeu os sempre motivados e jovens atletas do Deportivo Mustela,
adversário tradicional vindo de Bento Gonçalves.
O
jogo começa e a equipe do Atlântida que vai a campo é formada por uma base
sedimentada que na temporada passada teve ótimas atuações e conseguiu números
incríveis ao final do ano. Com isso esses jogadores demonstram um certo
entrosamento, que já nos minutos iniciais, colabora para compensar a falta de
ritmo e as pernas pesadas da volta das férias. Não é difícil concluir que a
equipe dona da casa domina as ações de jogo e toma a iniciativa do ataque no
primeiro tempo. Esse domínio se transforma em gol em uma jogada casual,
Lucianinho cobra escanteio, Paulo briga pelo alto com o zagueiro, a zaga visitante
falha e oferece a bola para Nilmar, este, de costas para o gol, domina e gira
bonito para abrir o placar, 1x0. O gol não muda o jogo, os visitantes têm
muitas dificuldades de chegar ao ataque, enquanto o Atlântida pressiona e
desperdiça boas oportunidades. O segundo gol era questão de tempo e acaba saindo
em mais um cruzamento para a área, Mano cruza da esquerda e Lucianinho bem
colocado e com muita calma cabeceia para encobrir o goleiro e fazer 2x0. O
segundo gol provoca discussões e desequilíbrio no Mustela, mas a equipe da casa
não aproveita esse momento para ampliar a vantagem. Os visitantes terminam o
primeiro tempo apenas com uma chance de gol perdida onde o goleiro Zé faz
defesa providencial, enquanto a equipe da casa acumula muitas jogadas fortes de
ataque.
De
acordo com FUCKS (2015): “No futebol a verdade de hoje é a mentira de amanhã e
a mentira de hoje é a verdade de amanhã”. Essas sábias palavras se aplicam para
as diferenças entre o primeiro e o segundo tempo deste embate entre Atlântida e
Mustela. Fazendo uso de suas atribuições, o Técnico Márcio Bola tem que
promover algumas alterações, entretanto, neste jogo ele não consegue alternar
atletas e deixar sempre uma equipe equilibrada em campo, com isso o Mustela
cresce e vai pressionar o Atlântida desde o início da segunda etapa. Não demora
para o Mustela descontar no marcador, o atacante invade a área e chuta cruzado,
Xandy cai em câmera lenta e não consegue fazer a defesa, 2x1. Mesmo com toda a
pressão o time da casa se segura e às vezes assusta os visitantes com Bebinha e
André. Mas aí acontece o imponderável, escanteio para o Mustela, cobrança
fechada, Xandy e seus 2,55 metros de altura erra a mãozada e aceita olímpico,
2x2. É o empate do Mustela e a derrocada do Atlântida que ainda vai assistir a
virada de camarote. Em bom tabelamento dentro da área o atacante só desloca
Xandy pra fazer 2x3. O jogo se encaminha para o fim e a derrota parece inevitável,
o time da casa vai para o ataque na raça, mas falta inspiração. Até que em uma
jogada pela esquerda Lucianinho cruza para Bebinha chegar chutando, a bola
ainda desvia no zagueiro antes de encontrar as redes do Mustela, 3x3. Nos 5
minutos finais quem se segura é a equipe visitante, que fora de casa e depois
de um histórico de derrotas para o Atlântida, vê o empate como um bom
resultado. Margarida Daronco apita, e o empate está sacramentado, fim de jogo
no Parque Atlântida.
O
desempenho do Atlântida nesta estreia foi bem distante das atuações de 2015 que
entusiasmaram a torcida e chamaram a atenção dos adversários pelos arredores,
talvez a equipe tenha sentido a falta de Alencar, Fabiano, Roliço, Gabriel e
Gigio ou talvez foi apenas uma tarde ruim, o fato é que se o time quiser trazer
um bom resultado de Torres, contra a qualificada equipe do Kangibrina, na
semana que vem, vai ter que melhorar, e muito.
REFERÊNCIAS:
FUCKS, Argel. Porto Alegre, 2015.
Cotação:
Zé: Irretocável atuação,
boas intervenções e ainda quase fez um gol de balão, saiu no intervalo sem
tomar gols.
Xandeco: Como
lateral no primeiro tempo nota 10, mas como zagueiro no sengundo... O maior
pulmão do Atlântida afundou como zagueiro na segunda etapa enquanto no primeiro
tempo foi peça fundamental na saída de bola.
Alemão: Começou
meio sem tempo de bola, mas depois entrou no ritmo e fez uma boa partida.
Cabelo: Jogou
os primeiros minutos como zagueiro enquanto o Vovô Garoto penteava o cabelo.
Depois entrou na lateral e teve dificuldades para conter os rápidos atacantes
do Mustela.
Mano: Fez uma boa partida,
foi firme nas divididas e ainda deu assistência. Tomara que essas atuações não
sejam tão raras como em outrora.
Paulo: Começou
como volante e foi combativo no meio, errou alguns passes, mas no geral fez boa
partida.
Kaleco: Deu
qualidade à saída de bola, foi bem na contenção e colaborou nas tarefas
ofensivas. Ótima partida.
Carlos: Sentiu
a falta de ritmo na volta das férias, nosso camisa 10 não conseguiu repetir
suas belíssimas atuações do ano passado, mesmo assim é sempre um toque de
classe no meio campo.
André: O
nosso presidente parece ter sentido o peso do gabinete em suas costas, ficou
longe do inspirado goleador que estamos acostumados a ver, se desperdiçou boas
oportunidades por outro lado lutou até o fim com garra e vontade.
Lucianinho: Nosso
craque não estava em uma tarde inspirada, mesmo assim fez um belo gol e uma
assistência, voltando de recuperação de uma cirurgia no joelho, com certeza vai
melhorar muito com a sequência de jogos.
Edi: Ele se perdeu no
horário penteando o cabelo, mas o Cabelo estava em campo, bom sei lá. No jogo
nosso Vovô Garoto foi seguro como de costume, boa partida.
Dema: Depois de o
Atlântida descobrir Gabriel, e Mano ser uma afirmação na lateral-esquerda o
Dema retorna para tirar o sono do Técnico Márcio Bola. O especialista voltou e
demonstrou que conhece o lado esquerdo do campo como poucos.
Alex: O Craque do Jogo, eleito
pela maioria dos votos, parece um guerreiro tupi-guarani, incansável no meio,
chega a se babar por um carrinho e está sempre beliscando o garrão dos
adversários. Além de ir muito bem na marcação deu boa sequência às jogadas
quando foi ao ataque. Excelente atuação.
Agostinho: Será
que vai entrar pra Grande Família do Atlântida? O Zé disse que ele jogou muito
bem sem a bola. Eu digo que foi uma reestreia promissora, com boas jogadas e
muita vontade nas divididas. Sentiu bastante a falta de preparo físico.
Xandy: Por que não foi
jogar poker?kkkkk. Entrou pressionado pela atuação segura e sem gols do Zé,
visivelmente estava abalado psicologicamente, o que acabou passando insegurança
pra zaga. Falhou bisonhamente no segundo gol. Um jogo daqueles para esquecer.
Bebinha: Nosso
paratleta mais divertido entrou no segundo tempo e teve dificuldades para
desenvolver seu melhor futebol, fez o gol de empate e isso por si só já
justifica uma boa atuação.
Treinador
Márcio Bola: Não foi uma boa
estreia do Dr Medeiros, não conseguiu manter um esquema equilibrado para
sustentar a vantagem construída na primeira etapa. Técnico também sente falta
de ritmo? Sem dúvidas sim, com a sequência de jogos ele vai retomando a boa
forma.
Entrevista com o Craque do Jogo:
Estreia
com casa cheia no Parque Atlântida. Um muito obrigado a todos pela presença.
Forte abraço!
Por Nilmar Oliveira
A equipe pode ter começado o ano meio devagar mas nosso cronista começou a 1000!!! Bem legal!!!
ResponderExcluirA equipe pode ter começado o ano meio devagar mas nosso cronista começou a 1000!!! Bem legal!!!
ResponderExcluirParabens pela cronica..Xandi caçador de borboleta.k5
ResponderExcluirO Nilmar porque tu não colocou a tua cotação?
ResponderExcluirMuito boa crônica como sempre, só faltou o detalhe, antes do gol olímpico eu salbei o hol do adversário!
Bah Cabelo, realmente não vi esse lance que salvaste o gol e quase perdi a pixotada do Xandy, mas acho que o jogo foi mais ou menos o que escrevi.
ExcluirO Nilmar porque tu não colocou a tua cotação?
ResponderExcluirMuito boa crônica como sempre, só faltou o detalhe, antes do gol olímpico eu salbei o hol do adversário!
Muito boa crônica, e para o primeiro jogo do calendário até que não foi ruim o resultado. "Ruim mesmo foi a minha atuação".
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